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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

População da Rússia encolhe 0,5% todo ano

O Bric virou BIC

Segundo o cientista político, a Rússia não merece figurar mais no bloco das grandes economias emergentes
- A A +Felipe Carneiro
Revista Exame - 06/08/2009
Nenhum dos grandes países emergentes escapou da crise sem arranhões. Passado o pior momento, porém, todos eles dão algum sinal de recuperação. A exceção é a Rússia, cujo PIB recuou 10% no primeiro semestre de 2009. Foi o bastante para que analistas como Ian Bremmer, presidente da Eurasia, consultoria americana de risco político, começassem a sustentar a ideia de que a letra "r" deveria ser riscada da sigla Bric, criada para designar o grupo formado pelas grandes economias em desenvolvimento no mundo (Brasil, Rússia, Índia e China).

1) Por que a crise abateu a Rússia de forma mais severa?
Com o fim da alta de preços do petróleo, que sustentou um ciclo de pujança na Rússia, as deficiências econômicas e institucionais do país ficaram evidentes. A Rússia é um Estado brutal e autoritário. Não é de hoje que as instituições estão sendo enfraquecidas. Elas são orientadas para defender alguns indivíduos, e não a sociedade.

2) Uma possível reação do preço do petróleo não poderia recolocar a Rússia num bom patamar?
As reservas russas de petróleo são muito menores que as dos sauditas, por exemplo. Além disso, o país tem outros problemas graves. Um deles é o demográfico. Sua população está diminuindo e envelhecendo.

3) Segundo esse raciocínio, a Rússia corre o risco de ficar de fora do grupo do Bric?
A sigla Bric ficou popular porque resumiu com precisão uma tendência que os analistas observavam há alguns anos: o ganho de importância no cenário mundial das grandes economias emergentes. Em nome da coerência, a sigla deveria ser renomeada para BIC. Não faz mais sentido manter a Rússia nesse grupo.

4) Existe algum outro país que poderia ocupar o lugar da Rússia?
A Indonésia é uma forte candidata. O país é um dos três maiores exportadores mundiais de produtos como carvão, gás natural, óleo de dendê bruto e borracha. Sua população é consideravelmente maior do que a russa -- são mais de 200 milhões de pessoas -- e seus indicadores demográficos são ótimos. Além disso, é uma democracia legítima e reformista, sem armas nucleares.

5) Estaríamos na iminência de ver a criação de um Binc?
A Indonésia tem potencial para chegar ao nível próximo de China, Índia e Brasil, mas precisa antes resolver alguns problemas. Como pontos fracos, eu diria que faltam investimentos em estradas e linhas de trem e há problemas com geração e distribuição de energia. Precisam melhorar também a educação e resolver o problema do terrorismo.

6) Quais seriam os desafios dos outros grandes emergentes?
A população chinesa é enorme, mas muito menos desenvolvida economicamente do que a americana, a europeia e a japonesa. Além disso, o nível de consumo a que os chineses querem chegar é ambientalmente insustentável. Eles veem os americanos em seus carros e também querem os deles, mas é inconcebível ter 1 bilhão de motoristas nas ruas do país.

7) E quanto a Índia e Brasil?
A Índia sofre com a descentralização do sistema político, que torna difícil a tomada de decisões, e com a falta de infraestrutura. A desvantagem do Brasil é a burocracia excessiva, que prejudica o clima de inovação e de empreendedorismo no país.

Nenhum dos grandes países emergentes escapou da crise sem arranhões. Passado o pior momento, porém, todos eles dão algum sinal de recuperação. A exceção é a Rússia, cujo PIB recuou 10% no primeiro semestre de 2009. Foi o bastante para que analistas como Ian Bremmer, presidente da Eurasia, consultoria americana de risco político, começassem a sustentar a ideia de que a letra "r" deveria ser riscada da sigla Bric, criada para designar o grupo formado pelas grandes economias em desenvolvimento no mundo (Brasil, Rússia, Índia e China).

1) Por que a crise abateu a Rússia de forma mais severa?
Com o fim da alta de preços do petróleo, que sustentou um ciclo de pujança na Rússia, as deficiências econômicas e institucionais do país ficaram evidentes. A Rússia é um Estado brutal e autoritário. Não é de hoje que as instituições estão sendo enfraquecidas. Elas são orientadas para defender alguns indivíduos, e não a sociedade.

2) Uma possível reação do preço do petróleo não poderia recolocar a Rússia num bom patamar?
As reservas russas de petróleo são muito menores que as dos sauditas, por exemplo. Além disso, o país tem outros problemas graves. Um deles é o demográfico. Sua população está diminuindo e envelhecendo.

3) Segundo esse raciocínio, a Rússia corre o risco de ficar de fora do grupo do Bric?
A sigla Bric ficou popular porque resumiu com precisão uma tendência que os analistas observavam há alguns anos: o ganho de importância no cenário mundial das grandes economias emergentes. Em nome da coerência, a sigla deveria ser renomeada para BIC. Não faz mais sentido manter a Rússia nesse grupo.

4) Existe algum outro país que poderia ocupar o lugar da Rússia?
A Indonésia é uma forte candidata. O país é um dos três maiores exportadores mundiais de produtos como carvão, gás natural, óleo de dendê bruto e borracha. Sua população é consideravelmente maior do que a russa -- são mais de 200 milhões de pessoas -- e seus indicadores demográficos são ótimos. Além disso, é uma democracia legítima e reformista, sem armas nucleares.

5) Estaríamos na iminência de ver a criação de um Binc?
A Indonésia tem potencial para chegar ao nível próximo de China, Índia e Brasil, mas precisa antes resolver alguns problemas. Como pontos fracos, eu diria que faltam investimentos em estradas e linhas de trem e há problemas com geração e distribuição de energia. Precisam melhorar também a educação e resolver o problema do terrorismo.

6) Quais seriam os desafios dos outros grandes emergentes?
A população chinesa é enorme, mas muito menos desenvolvida economicamente do que a americana, a europeia e a japonesa. Além disso, o nível de consumo a que os chineses querem chegar é ambientalmente insustentável. Eles veem os americanos em seus carros e também querem os deles, mas é inconcebível ter 1 bilhão de motoristas nas ruas do país.

7) E quanto a Índia e Brasil?
A Índia sofre com a descentralização do sistema político, que torna difícil a tomada de decisões, e com a falta de infraestrutura. A desvantagem do Brasil é a burocracia excessiva, que prejudica o clima de inovação e de empreendedorismo no país.

planetasustentavel.abril.com.br - 07 de dezembro de 2009

A contribuição das mídias nas escolas

Lâminas de Ivete

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A Contribuição das Mídias nas Escolas

Para falar da da contribuição das tecnologias do currículo, primeiramente vem em nossa cabeça, o que é um currículo? É o planejamento e estratégias de ensino dentro de normas pré estabelecidas. Daí contemplar o conteúdo específico de cada disciplina dentro de cada curso. Define o perfil do profissional a ser formado, as habilidades e competências necessárias para que possa atuar na sua área.
E para que serve? Para nortear professores, alunos e funcionários em relação ao ensino e aprendizado. Serve para determinar o que é fundamental em cada área de ensino. Serve para a compreensão, interpretação, preservação, reforço, fomento e difusão das culturas nacionais e regionais, internacionais e históricas, em um contexto de pluralismo e diversidade cultural.
A partir daí desenvolvermos projetos no âmbito do currículo com o uso das tecnologia (mídias digitais etc), que oferece um leque de possibilidades para que essas mudanças ocorram de fato.
A contribuição das tecnologias ao desenvolvimento do currículo nas escolas, segundo CAVALLO “se apóia nas inovações do uso da tecnologia digital, no gerenciamento e mudança educacional que esta tecnologia propicia”. A importância do uso da tecnologia nas escolas proporciona a integração de diferentes mídias ao currículo com foco na aprendizagem do aluno. O professor criará situações, onde provoque os alunos a interagir entre si e com o grupo, na busca de informações e na produção de novos conhecimentos. Cabe a escola no início do ano construir um contrato entre aluno e a escola e negociar suas intenções, objetivos e diretrizes, de modo que desperte no aluno a curiosidade e o interesse de aprender.
Ao trabalhar com projetos, a escola supera suas expectativas e estabelece o “ciclo de da produção do conhecimento científico” que se entrelaça ao currículo da ação. A incorporação das TIC enfatiza a compreensão e a reconstrução do conhecimento em busca de alternativas de problemáticas no contexto e a transformação da realidade que abrange as aprendizagens cognitivas, social e afetivas dos alunos.
Nesse novo cenário de projetos e tecnologias, partimos para a construção de novas formas de aprendizagem incorporadas as distintas mídias e conteúdos curriculares dentro de uma nova abordagem construcionista. Os alunos passarão a ser protagonista de suas próprias produções e a escola e o professor acompanhar a evolução que estão ocorrendo e orientar os alunos, para que atribua o sentido dos conceitos e compreenda a importância das distintas áreas. Na pedagogia do projeto o aluno aprende a produzir, levantar dúvidas, e o professor criar situações de aprendizagem, realizar mediações necessárias e ter clareza de sua intencionalidade pedagógica para saber intervir no processo de aprendizagem do aluno.